Na década de 80, o cantor Cazuza compôs a música “O Nosso Amor A Gente Inventa (Estória Romântica)”. Nada de mais, uma música romântica comum no repertório do cantor. O que ninguém poderia prever é que a primeira frase da canção definiria toda a vida amorosa do homem.
“O teu amor é uma mentira que a minha vaidade quer”
Qual é o contexto?
A mulher não é um ser puramente emocional, ela é prática e utilitarista, pois suas paixões se mantêm enquanto admiram seu parceiro. Em outras palavras, a mulher só ama quem ela admira.
O problema é que a admiração pode acabar se encerra conforme o tempo. É impossível manter aquele clima de início de relacionamento, e quando aquele pico de adrenalina se encerra, o casal finalmente começa a enxergar o(a) parceiro(a) como ele(a) realmente é.
Geralmente, o homem não se importa quando percebe que sua parceira não corresponde ao ser perfeito que ele idealizou. Ele pode amar demais, e nesse exagero, pode oprimir a parceira, confundindo amor com posse. Por outro lado, também pode se submeter a um relacionamento abusivo e autodestrutivo, que vai drenar sua energia vital aos poucos.
Enquanto o homem for útil para o relacionamento, para a mulher, para os filhos e para a sociedade, ele será amado, mas assim que essa utilidade não for mais suficiente, ele será categoricamente descartado.
O amor incondicional não existe. O amor é utilitarista, e mas o homem sonha com um amor dessa magnitude. Ele anseia por uma mulher submissa, carinhosa e apaixonada, e desenvolve em sua mente centenas de teorias e estratégias para alcançar esse amor: procurar mulheres religiosas, virgens, enriquecer, ganhar fama, etc
Na verdade nada disso vai garantir um tipo de amor que só existe na cabeça dele. Ele sabe disso inconscientemente, mas sua vaidade deseja esse amor, para afagar seu ego.
Já dizia o comediante Chris Rock:
”Somente mulheres, crianças e cachorros são amados incondicionalmente, Um homem só é amado enquanto ele pode prover alguma coisa.”
Quanto mais cedo o homem se convencer dessa verdade, quanto antes se conscientizar de que deve buscar o desapego, evitar expectativas irreais, deixar de lado cobranças e abandonar a ideia de que as relações são sempre recíprocas, mais rapidamente ele descobrirá que não deve basear sua felicidade na parceira, mas sim em suas próprias realizações. Assim, começaremos a experimentar a verdadeira realização pessoal.
“O amor que o homem recebe é uma mentira que alimenta sua própria vaidade… O único amor verdadeiro para o homem vem de dentro de si mesmo, seu amor próprio.“
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