Você já se sentiu perdido, confuso ou frustrado diante de uma situação difícil? Você já se perguntou se deveria persistir em um objetivo, desistir dele ou mudar de direção? Você já se arrependeu de ter feito algo ou de não ter feito?
Se você respondeu sim a alguma dessas perguntas, saiba que não está sozinho. Todos nós enfrentamos dilemas e dúvidas em nossa jornada pela vida. E nem sempre temos as respostas ou as ferramentas para lidar com eles.
Mas existe uma filosofia antiga que pode nos ajudar a encontrar mais clareza, equilíbrio e sabedoria em nossas escolhas. Essa filosofia é o estoicismo.
O estoicismo, uma escola filosófica antiga, oferece uma série de lições valiosas para a vida moderna. Uma dessas lições é como
“Saber quando seguir e quando parar”.
Esta lição é particularmente útil para trabalhar a maturidade emocional.
Para sabermos como proceder diante dessa questão, a filosofia estoica nos ensina que devemos:
Reconheça o que está sob o seu controle e o que não está.
Os estoicos faziam uma distinção entre as coisas que dependem de nós e as que não dependem. As coisas que dependem de nós são nossas opiniões, intenções, desejos, aversões e ações. As coisas que não dependem de nós são os eventos externos, as circunstâncias, os resultados e as reações dos outros. Quando nos deparamos com um desafio ou uma oportunidade, devemos focar no que podemos controlar e aceitar o que não podemos. Isso nos ajuda a evitar a ansiedade, a raiva, a frustração e a decepção, e a cultivar a serenidade, a coragem, a gratidão e a satisfação.
Use a razão para avaliar a situação e as suas opções.
Os estoicos valorizavam a razão como a faculdade mais nobre e distintiva dos seres humanos. Eles acreditavam que a razão nos permite compreender a natureza das coisas, discernir o certo do errado, e agir de acordo com a virtude. Quando temos que tomar uma decisão, devemos usar a razão para analisar a situação e as nossas opções, levando em conta os fatos, as evidências, as consequências e os valores envolvidos. Devemos evitar agir por impulso, emoção, preconceito ou pressão externa, e buscar a verdade, a justiça, a sabedoria e o bem comum.
Aprenda com os exemplos dos sábios e dos tolos.
Os estoicos se inspiravam nos exemplos de pessoas que consideravam sábias, como Sócrates, Diógenes, Catão e Marco Aurélio. Eles também aprendiam com os exemplos de pessoas que consideravam tolas, como Nero, Alexandre e César. Eles observavam como essas pessoas lidavam com as situações da vida, e procuravam imitar as virtudes dos sábios e evitar os vícios dos tolos. Quando estamos em dúvida sobre o que fazer, podemos nos perguntar: O que um sábio faria nessa situação? O que um tolo faria? Como eu quero ser lembrado?
Lembre-se da citação de Sêneca:
Sêneca, um dos filósofos estoicos mais conhecidos, disse uma vez:
“Pense naqueles que, não por falta de inconsistência, mas por falta de esforço, são muito instáveis para viver como eles desejam, e apenas vivem como começaram.”
– Sêneca
Esta citação destaca a importância de fazer um esforço consciente para viver de acordo com nossos princípios e objetivos, em vez de simplesmente seguir o fluxo. Também nos alerta sobre o perigo de nos acomodarmos em uma situação que não nos satisfaz, por medo, preguiça ou conformismo. Ela nos convida a refletir sobre os nossos verdadeiros desejos, e a fazer o esforço necessário para realizá-los. Ela nos encoraja a seguir em frente quando temos um propósito, e a parar quando não temos. Ela nos desafia a viver como queremos, e não como começamos.
Em resumo, a lição do estoicismo “Saber quando seguir e quando parar” nos encoraja a ser persistentes em nossos esforços, mas também a reconhecer quando é hora de mudar de direção. Ao equilibrar esses dois aspectos, podemos trabalhar efetivamente nossa maturidade emocional.